O seguro de pessoas é mais um exemplo do comportamento favorável do mercado em 2017. O segmento evoluiu 11%, em dados até fevereiro, em comparação com o mesmo período do ano anterior, isso ainda sem considerar o comportamento do VGBL. O segmento de pessoas vem apresentando gradativa evolução nos resultados anuais, de 2015 para 2016 a variação foi de 4% positivos.
“O Governo tem promovido ampla reforma na previdência estatal, o que acabará por estimular o setor, fazendo com que as pessoas se interessem pela previdência privada – coloca a previdência social numa situação em que nós, corretores, teremos que atuar como agentes de proteção social e divulgadores da previdência privada”, explica Alexandre Camillo, presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros no Estado de São Paulo (Sincor-SP). “Também há uma boa perspectiva de novos clientes em seguro de vida, estimulados pelo início da venda do produto Universal Life, com o aumento de opções para o consumidor nacional.”
Esses dados estão na Carta de Conjuntura do Setor de Seguros, de março. Elaborada mensalmente pelo Sincor-SP, a carta avalia a quantidade de corretores e das diversas subdivisões de seus setores relacionados. Além disso, aborda a correlação do setor de seguros com aspectos macroeconômicos do País e com outros segmentos da economia. Mensalmente, diversos tópicos desse setor são avaliados, com uma análise das suas tendências e projeções. “Com esse resultado e os do início do ano, há uma grande confiança que 2017 será o grande ano dos seguros de pessoas”, explica Camillo.
Na edição de fevereiro, o destaque da Carta foi o mercado de seguros automotivos, que obteve um aumento de faturamento de 8%, em comparação a janeiro de 2016. A edição atual também avalia a positividade dos índices de confiança de diversos setores empresariais, como do setor de seguros; e da taxa de inflação, que está prevista para este ano um pouco acima de 4%, número abaixo da meta inflacionária.
A economia como um todo tem seguido crescendo, conforme as expectativas, com uma taxa positiva de 0,5%. “O crescimento abaixo de 1% ainda é pouco para reverter de forma mais expressiva o desemprego, grande problema econômico do País atualmente, mas aos poucos a empregabilidade vai voltar. A gradual retomada do poder de compras irá trazer, a reboque, a busca por seguros de bens e, principalmente, de pessoas”, estima Camillo.