O seguro de vida alcança uma parcela ainda pequena da população do Brasil, mas não podemos dizer o mesmo de outros países. Uma das maiores referências do assunto é o Japão, onde é difícil encontrar uma família que não conte com a proteção. Segundo pesquisa realizada pela Japan Institute of Life Insurance, em 2015 havia 89,2% de famílias com apólices de seguro de vida.

Embora os prêmios pagos tenham apresentado tendência de redução nos anos recentes, o Japão continua sendo um dos países com maior penetração do seguro de vida no mundo. Dados do relatório sigma, da Swiss Re, mostram que a população japonesa desembolsou US$ 343,8 bilhões para pagar as apólices de seguro de vida em 2015. Esse número representa 13,6% dos prêmios pagos em todo o mundo, ficando abaixo apenas dos EUA, com US$ 552,5 bilhões. O Brasil aparece nesse relatório com US$ 37,1 bilhões, número que também inclui os planos de previdência.

Especialistas costumam indicar que esses elevados valores no Japão têm como pano de fundo questões culturais, segundo as quais os indivíduos tendem a adotar postura prudente quando se trata de finanças, o que beneficia produtos de gerenciamento de risco, como os seguros.

Segundo apresentação da The Life Insurance Association of Japan datada de 2014, os seguros de vida já começavam a ganhar atenção ainda no fim do século 19. Eventos como guerras, desastres naturais e doenças mostravam a importância de manter a família protegida financeiramente contra imprevistos.

Ainda segundo o documento, nos anos 1960 uma combinação de fatores impulsionou ainda mais esse mercado: as famílias começaram a reduzir de tamanho, em um período no qual as mulheres ainda tinham baixa participação no mercado de trabalho, evidenciando a necessidade de aumentar a proteção; o Japão passou por um forte período de crescimento econômico, aumentando a renda disponível; e a classe média passou a se consolidar como a faixa mais representativa da população, elevando o número de pessoas que sentiam a necessidade de se resguardar contra situações indesejadas.

Para se ter uma ideia da magnitude da renda disponível no Japão, uma das medidas para identificar a renda média de um país é a renda nacional bruta per capita compilada pelo Banco Mundial. Com base na metodologia da paridade do poder de compra, quando os níveis de preços entre diferentes países podem ser comparados, o indicador para o Japão foi de US$ 38.870 em 2015, ou seja, mais do que o dobro dos US$ 15.050 registrados pelo Brasil. Aliás, o número para a população brasileira perde para outros países sul-americanos, como Argentina, Uruguai e Chile, onde os valores superam os US$ 20 mil.

O elevado crescimento do Japão permaneceu até meados dos anos 1990. Apesar de o mercado ter perdido fôlego desde então, devido a fatores como baixo crescimento na renda e declínio nas taxas de natalidade, o mercado continua resiliente. Números de 2015 da The Life Insurance Association of Japan somam mais de 160 milhões de apólices de seguro de vida no Japão, considerando apenas os planos individuais. Isso significa que há mais apólices do que pessoas, uma vez que a nação conta com uma população de aproximadamente 126,5 milhões.

Parte disso se deve ao fato de o mercado japonês ter se diversificado, e as seguradoras já contam também com produtos que oferecem uma proteção mais focada em hospitalizações e cirurgias, bem como contra o câncer. Com o envelhecimento da população, as proteções médicas têm apresentado procura crescente nos últimos anos, e essas duas linhas de produtos representam mais de 58 milhões de apólices em vigor atualmente.

Ainda assim, os produtos puramente de seguro de vida ainda são maioria, com mais de 90 milhões de apólices, sendo o mais popular o seguro de vida com cobertura vitalícia, com um total de 34,1 milhões de apólices, segundo dados da The Life Insurance Association of Japan, seguido pelos seguros de vida temporários ou combinações de temporários com coberturas vitalícias.

Fonte: Infomoney

O seguro de vida alcança uma parcela ainda pequena da população do Brasil, mas não podemos dizer o mesmo de outros países. Uma das maiores referências do assunto é o Japão, onde é difícil encontrar uma família que não conte com a proteção. Segundo dados compilados pelo Japan Institute of Life Insurance, em 2015 havia 89,2% de famílias com apólices de seguro de vida.

Embora os prêmios pagos tenham apresentado tendência de redução nos anos recentes, o Japão continua sendo um dos países com maior penetração do seguro de vida no mundo. Dados do relatório sigma, da Swiss Re, mostram que a população japonesa desembolsou US$ 343,8 bilhões para pagar as apólices de seguro de vida em 2015. Esse número representa 13,6% dos prêmios pagos em todo o mundo, ficando abaixo apenas dos EUA, com US$ 552,5 bilhões. O Brasil aparece nesse relatório com US$ 37,1 bilhões, número que também inclui os planos de previdência.

Especialistas costumam indicar que esses elevados valores no Japão têm como pano de fundo questões culturais, segundo as quais os indivíduos tendem a adotar postura prudente quando se trata de finanças, o que beneficia produtos de gerenciamento de risco, como os seguros.

Segundo apresentação da The Life Insurance Association of Japan datada de 2014, os seguros de vida já começavam a ganhar atenção ainda no fim do século 19. Eventos como guerras, desastres naturais e doenças mostravam a importância de manter a família protegida financeiramente contra imprevistos.

Ainda segundo o documento, nos anos 1960 uma combinação de fatores impulsionou ainda mais esse mercado: as famílias começaram a reduzir de tamanho, em um período no qual as mulheres ainda tinham baixa participação no mercado de trabalho, evidenciando a necessidade de aumentar a proteção; o Japão passou por um forte período de crescimento econômico, aumentando a renda disponível; e a classe média passou a se consolidar como a faixa mais representativa da população, elevando o número de pessoas que sentiam a necessidade de se resguardar contra situações indesejadas.

Para se ter uma ideia da magnitude da renda disponível no Japão, uma das medidas para identificar a renda média de um país é a renda nacional bruta per capita compilada pelo Banco Mundial. Com base na metodologia da paridade do poder de compra, quando os níveis de preços entre diferentes países podem ser comparados, o indicador para o Japão foi de US$ 38.870 em 2015, ou seja, mais do que o dobro dos US$ 15.050 registrados pelo Brasil. Aliás, o número para a população brasileira perde para outros países sul-americanos, como Argentina, Uruguai e Chile, onde os valores superam os US$ 20 mil.

O elevado crescimento do Japão permaneceu até meados dos anos 1990. Apesar de o mercado ter perdido fôlego desde então, devido a fatores como baixo crescimento na renda e declínio nas taxas de natalidade, o mercado continua resiliente. Números de 2015 da The Life Insurance Association of Japan somam mais de 160 milhões de apólices de seguro de vida no Japão, considerando apenas os planos individuais. Isso significa que há mais apólices do que pessoas, uma vez que a nação conta com uma população de aproximadamente 126,5 milhões.

Parte disso se deve ao fato de o mercado japonês ter se diversificado, e as seguradoras já contam também com produtos que oferecem uma proteção mais focada em hospitalizações e cirurgias, bem como contra o câncer. Com o envelhecimento da população, as proteções médicas têm apresentado procura crescente nos últimos anos, e essas duas linhas de produtos representam mais de 58 milhões de apólices em vigor atualmente.

Ainda assim, os produtos puramente de seguro de vida ainda são maioria, com mais de 90 milhões de apólices, sendo o mais popular o seguro de vida com cobertura vitalícia, com um total de 34,1 milhões de apólices, segundo dados da The Life Insurance Association of Japan, seguido pelos seguros de vida temporários ou combinações de temporários com coberturas vitalícias.

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